O Início
Meu nome é Érica Porfírio e atualmente ocupo o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. Fui aprovada no concurso do TCU em 2013 e foram 2 longos anos de dedicação até chegar a esse resultado.
Se fosse possível medir a nossa evolução no mundo dos concursos públicos da mesma forma que conseguimos medir no sistema tradicional de ensino, eu tenho certeza que muitas pessoas que desistiram de estudar para concurso, desistiram no “último semestre”, quando estavam prestes a se “formar”.
Bom, eu sei disso porque eu quase desisti… Quando comecei a estudar para concursos públicos, fiz tudo errado. Eu não tinha foco. Então, qualquer edital que abria, lá estava eu estudando. Logicamente, eu nunca alcancei sucesso dessa forma.
Além disso, usei técnicas de estudo que não eram adequadas para concursos públicos. Eu vivia em cursinhos presenciais, aqueles de “pacote”, sabe? Que são liberados após um edital. Na minha opinião, cursinhos presenciais de “pacote” são corridos e muito resumidos. Então, para quem está iniciando, acaba não conseguindo aprender nada direito.
Bem na época que eu tinha decidido começar a estudar, saiu o edital do Senado… então, lá fui eu!
Escolhi estudar para o cargo de Contador. A matéria era quase toda focada em contabilidade, além das matérias básicas, como português, direito constitucional e direito administrativo.
Como eu tinha começado a estudar após o edital, sabia que, para ter sucesso, iria ter que estudar todo o instante, aproveitando ao máximo o meu tempo! Então, assim eu fiz: parei a minha vida e estudei muito!
A prova veio e… não passei. Essa reprovação não me abalou tanto. À época, eu encarei o fato como a minha “primeira prova” e, portanto, foi mais fácil lidar com a reprovação. O difícil mesmo foram as outras reprovações que vieram. rsrsrs
Insistir no Erro
Assim que passou esse concurso do Senado, saiu um novo edital: Analista de Comércio Exterior, do MDIC. O conteúdo desse concurso não tinha quase nenhuma relação com toda aquela contabilidade que eu tinha estudado para o Senado. Apenas algumas matérias básicas em comum. Para esse concurso, eu estudei matérias como comércio internacional, relações internacionais, entre outras disciplinas completamente fora da minha área de conhecimento.
A banca foi a ESAF e a prova objetiva ocorria em data diferente da subjetiva. Somente as pessoas que fossem aprovadas na prova objetiva iriam ser convocadas para a prova subjetiva. Novamente, eu parei a minha vida e estudei muito para esse cargo, encarando matérias totalmente fora do meu universo de domínio! Se não me falha a memória, foram aproximadamente 3 meses de estudo até o dia da prova objetiva.
O resultado veio e eu consegui ser classificada para realizar a prova subjetiva. Então, foram mais uns 2 meses de estudo até a prova subjetiva e…
Desclassificada!
Agora sim eu estava abalada! Foram mais de 5 meses de muita preparação e nada. Era aquela horrível sensação de “tempo perdido”.
Enfim… logo depois apareceu mais um edital: Câmara dos Deputados! O cargo era de Analisa Legislativo e o conteúdo era totalmente diferente de tudo aquilo que eu já havia estudado (de novo). Seriam cobradas disciplinas como ciência política, regimento interno das casas legislativas, entre outros assuntos.
E lá fui eu! Acostumada com a técnica de pular de edital para edital, parei a minha vida novamente para começar a estudar “do zero” para um concurso após o edital.
Nesse concurso da Câmara, eu não cheguei nem perto de passar. Eu me lembro que eles classificaram muitas pessoas no cadastro de reserva, mas eu não cheguei nem a entrar na lista.
Eu já estava estudando há mais de 1 ano e desempregada. Então, sensações como ansiedade, cobrança, aflição, cansaço e baixa autoestima eram constantes. Quando me deparei com esse resultado tão negativo (de nem ter conseguido aparecer em um cadastro reserva grande), a sensação de “eu não consigo” tomou conta de mim.
Eu sentia que a minha vida estava parada, passando diante dos meus olhos. Parecia que não evoluía, não importava o quanto estudava.
Tinha algo errado. Mas, o que? Foi nessa crise que percebi que atirar para todos os lados, ou melhor, para todos os editais, não iria me levar para lugar algum. Seria um caminho de frustrações.
Então, finalmente, eu fiz a pergunta que mudaria a minha vida para sempre.
A volta por cima
Parece uma pergunta boba, não é mesmo? Mas, ela mudou a minha vida, de verdade.
Foi pesquisando para tentar responder a essa pergunta que eu enxerguei a verdadeira riqueza do setor público.
Na área pública, você pode ser professor, pesquisador, policial, auditor, juiz, promotor, defensor, gestor, diplomata, médico, ou qualquer outra carreira incrível com a qual você se identifique.
Quando eu enxerguei a verdadeira riqueza do setor público, eu entendi que, para ter sucesso, você não pode buscar ser um mero “concursado”: você deve buscar uma carreira, uma profissão. Somente assim você irá entender o sentido da palavra “foco” e, sinceramente, com a concorrência dos dias atuais, somente quem tem “foco” tem sucesso.
Eu sempre gostei da área de fiscalização. Então, percebi que o meu caminho estava voltado p ara carreiras nessa área. À época, fiquei em dúvida entre os cargos de Perito da Polícia Federal e de Auditor Federal. Pesquisei mais a fundo sobre essas carreiras e me apaixonei com a ideia de fiscalizar o próprio Estado.
Então era isso: Auditor do Tribunal de Contas da UniãoEsse era o concurso dos meus sonhos! E junto com a descoberta do meu sonho, também veio a descoberta do meu desafio.
Encarando o TCU
Quando olhei o edital do TCU pela primeira vez, eu quase infartei.
É tanta matéria, mas tanta matéria para estudar, que eu nem sabia por onde começar! O interessante é que isso não me desmotivou, pois naquele momento eu era uma “concurseira” diferente. Eu não buscava mais qualquer concurso que tivesse um bom salário, eu buscava o meu sonho. Foi a primeira vez que eu estudei com antecedência para uma prova, começando antes do edital. Eu me planejei, foquei, e não me desviei em nenhum momento.
Foram aproximadamente 8 meses desde o dia em que eu decidi estudar para o TCU até a data da prova. Ao longo desses meses, eu fiz todos os concursos que tinham similaridade com o contetúdo do TCU. O resto, eu nem perdia o meu tempo! Não importa se as vantagens do cargo eram atrativas.
Eu me lembro da época que saiu o concurso do Banco Central e a tentação de me desviar foi grande – o cargo era muito interessante e o salário excelente. Mas a experiência com os fracassos anteriores havia me ensinado que (pelo menos para uma pessoa como eu) estudar na correria após o edital não iria trazer a aprovação, apenas frustrações e aquela horrível sensação de tempo perdido.
Finalmente, eu estava construindo uma base de aprendizado sólida e, como eu só fazia concursos que tinham matérias similares às que iriam cair no TCU, comecei a ter sucesso! Cheguei a assumir o cargo de Auditor da Telebrás e, em seguida, de Analista Judiciário na área de contabilidade, no Conselho Nacional de Justiça.
A prova do TCU chegou, e a aprovação também.
Técnica de Estudo
Quando eu comecei a estudar para o TCU, eu já era familiariza com os materiais em PDF e, então, eles formaram a minha base. A técnica que usei foi basicamente a seguinte:
Durante o estudo de uma aula, eu fazia um resumo; Antes de começar a estudar uma aula nova, eu reestudava o meu resumo da aula anterior com uma pegada mais forte, com o objetivo de realmente decorar aquele resumo.
Além disso, separava pelo menos 30min para fazer exercícios sobre aquele assunto. Somente depois dessa etapa de “revisão periódica” e exercícios é que eu iniciava a aula nova. E, com a aula nova, refazia o ciclo.
Quando eu me deparava com matérias totalmente novas, gostava de escutar a aula sobre aquele assunto antes de ir direto para o PDF (por meio de videoaulas ou YouTube já que na época, ainda não existiam aulas em áudio), o objetivo era adquirir uma introdução do assunto e facilitar a compreensão do PDF.
Aliás, uma dica que eu gostaria de deixar bem clara é que a revisão periódica é a etapa mais importante do seu estudo. Saibam disso!
Quem pratica exercício físico sabe que se ficar um mês sem ir para a academia aqueles quilinhos extras já começam a aparecer, não é mesmo? As pessoas passam um ano para conseguir um resultado “ok” na academia e perdem tudo em apenas um mês. É algo super injusto e com o estudo é exatamente a mesma coisa! É incrível como a gente esquece TUDO se não revisar!
Por isso é fundamental ter em seu cronograma um espaço para a revisão periódica.
Mensagem Final
A maioria dos depoimentos de aprovados que lemos costumam destacar a quantidade de aprovações, a idade, a classificação, entre outros itens que fazem a história parecer “incrível”. Porém, eu gosto de contar a minha trajetória destacando os meus fracassos, pois como eu disse bem no começo do texto: muitas pessoas que desistem de estudar, desistem porque não conseguem enxergar o quão próximas estão do sucesso.
A verdade que quase ninguém conta é que a trajetória também envolve fracassos constantes (pelo menos para a maioria das pessoas, como eu).
Encare suas falhas como degraus de experiência que te permitem dar mais e mais passosaté o seu objetivo!
Eu me lembro que quando ia mal em um concurso, isso realmente me abalava, pois ninguém tinha me falado que o fracasso iria ser tão constante ao longo do caminho.
Inclusive, nesse texto eu enfatizei somente as histórias das reprovações que mais me marcaram. Mas, naquela época, fiz diversas outras provas e todas as reprovações me impactavam de certa forma, mesmo naqueles concursos para os quais eu não estudava e que, portanto, sabia que não tinha muitas chances de passar.
Eu ficava muito abalada com as reprovações! Parece coisa de gente boba, né? Mas, acontecia…
Passar em concurso é um projeto de médio a longo prazo e a trajetória envolve fracassos na maior parte do tempo. Por conta disso, somos dominados pela sensação de estar com a vida parada, sem evoluir. Isso gera muita ansiedade, cobrança e aflição.
A impressão que eu tinha era que a cada fracasso acumulado, mais distante eu estava. Mas, na verdade, eu estava mais perto. E é aí que muitas pessoas desistem, bem perto da linha de chegada.
Quando me tornei professora, enxerguei que a maioria dos alunos cometiam os mesmos erros que eu (pular de edital para edital e não entender como encontrar o foco que tanto precisam) e sentiam as mesmas frustrações (sensação de vida parada, de não estar evoluindo, de que nunca irá conseguir).
E quer saber de uma coisa? Quando entrei no TCU, no curso de formação, adivinha quem estava ao meu lado?
Nenhum gênio!
Eram pessoas normais, das mais diversas idades e histórias – pessoas que estudavam há anos para concurso, outras que estudaram por pouco tempo; pessoas que trabalhavam e outras que não, pessoas com filhos e outras não. Tinha realmente de tudo! Mas sabe o que todos eles tinham em comum: foco.
A mensagem que eu quero deixar para você é a de que nós somos iguais. Se eu consegui, você também consegue! Encontre uma carreira com a qual você se identifique e foque nela!
Saiba que as reprovações irão fazer parte da trajetória e não desista!
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Para ser aprovado diante da concorrência nos dias atuais, o tempo é o recurso mais precioso dos estudantes.
Dessa forma, se você não usar o seu tempo de forma inteligente e não aproveitar todos os momentos para estudar (algo que só é possível com o acesso às aulas em áudio), suas chances de se sobressair perante os concorrentes vão reduzir.
Por isso, vale a pena baixar o EmÁudio no seu celular e conhecer! Isso pode ser a diferença entre a aprovação ou a reprovação.
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